Lene Gonçalves: a Dra. Dó-Ré-Mi da Cia do Riso

Você sabia que a Lene Gonçalves, além de trabalhar na GAAM, é formada na Escola do Dorémilândia, violeira e cantadeira com especialização em sertanejo universitário, primário e mobral? Essas habilidades fazem parte de seu currículo, ou melhor, da Dra. Dó Ré Mi, na Cia do Riso.

Desde 2003, ela faz parte dos voluntários do grupo, que tem como objetivo levar alegria e esperança aos pacientes dos dois principais hospitais de Foz do Iguaçu: o Hospital Ministro Costa Cavalcanti e o Hospital Municipal Padre Germano Lauck.

No momento as atividades estão paralisadas devido à pandemia, mas antes disso as visitas eram realizadas em todas as tardes de sábado. “Eu me apaixonei pelo projeto logo de cara, mas a primeira visita foi um desastre. A nossa maquiagem mais assustava que alegrava”, recorda

Para dar ainda mais vida ao personagem, ela aprimorou seus dons artísticos. “Eu já cantava na igreja, mas aprendi a tocar violão por causa da Cia do Riso. Percebia que a música fazia muita diferença nas visitas”. A curiosidade é que no começo o repertório era formado por apenas duas músicas. “Cantava baixinho para que o paciente do quarto do lado não ouvisse. Afinal era a mesma música. Quando pediam para cantar mais uma, dava a desculpa que tinha que ir para os outros setores”, conta. Hoje o repertório é bem mais amplo e inclui desde música gauchesca ao funk.

Com as devida autorizações dos hospitais, as visitas percorrem todas as áreas do local, inclusive as Unidades de Terapia Intensiva (UTI’s). “É uma das partes mais emocionantes, porque ali é um sopro de esperança. Então quando chegamos é como se ajudássemos no tratamento. Os médicos falam muito isso”.

Para diminuir um pouco a saudade, no mês passado o grupo fez uma ação específica aos profissionais da saúde. “A gente queria estar mais perto, mas infelizmente o momento não deixa. Nessa ação levamos balões com os nomes dos setores e alas, e cantamos músicas para eles, que estão sendo tão exigidos ultimamente”.

 

Como fazer parte do grupo?

Se você ficou interessado em fazer parte da Cia do Riso, o grupo – que conta atualmente com 38 voluntários – promove processo seletivo uma vez por ano. Para participar, é importante ter vontade e dedicação, mas isso nem sempre é o suficiente. “É muito difícil lidar com algumas situações e temos que agir com naturalidade”.

Além disso, os participantes constantemente participam de capacitações. “Duas vezes fomos para São Paulo fazer o curso com o Doutores de Alegria, principalmente para entender a diferença entre palhaço de circo e palhaço de hospital”, explica. Para conhecer mais sobre o grupo acesse https://www.facebook.com/Ciadoriso.org.